As conjunções de propósito são fundamentais para expressar a finalidade ou intenção de uma ação em português. Estas conjunções desempenham um papel crucial na construção de frases complexas e na comunicação eficaz. Neste artigo, vamos explorar as diferentes conjunções de propósito em português de Portugal, como usá-las corretamente e oferecer exemplos práticos para ajudar a compreender o seu uso.
O que são conjunções de propósito?
As conjunções de propósito são palavras ou expressões que ligam duas orações, indicando a intenção ou finalidade de uma ação. Elas ajudam a esclarecer o objetivo de uma ação específica e são essenciais para a construção de frases mais ricas e detalhadas.
Entre as conjunções de propósito mais comuns em português, encontramos: “para”, “a fim de”, “para que”, “a fim de que”, entre outras. Vamos analisar cada uma dessas conjunções em detalhe.
Conjunção “para”
A conjunção “para” é uma das mais utilizadas para expressar propósito. É simples e direta, sendo frequentemente usada em frases do dia a dia.
Exemplo:
– Estudo português para melhorar a minha comunicação.
– Ele corre todos os dias para manter-se em forma.
Neste caso, “para” é utilizado para indicar a finalidade da ação de estudar ou correr.
Conjunção “a fim de”
“A fim de” é uma expressão um pouco mais formal do que “para”, mas também é usada para indicar propósito. Esta expressão é mais comum em linguagem escrita e em contextos mais formais.
Exemplo:
– Eles organizaram a reunião a fim de discutir o novo projeto.
– A empresa investiu em novas tecnologias a fim de aumentar a produtividade.
Como podemos ver, “a fim de” é usado para explicar a razão pela qual a reunião foi organizada ou o investimento foi feito.
Conjunção “para que”
“Para que” é uma conjunção que exige o uso do subjuntivo na oração subordinada. É utilizada para expressar um propósito mais específico e é comum em situações onde a finalidade depende de uma condição ou de outra ação.
Exemplo:
– Vou preparar o jantar mais cedo para que possamos ver o filme juntos.
– Eles estudaram intensamente para que passassem no exame.
Note que, após “para que”, o verbo na oração subordinada está no subjuntivo (possamos, passassem), indicando uma ação que se espera que aconteça.
Conjunção “a fim de que”
“A fim de que” é semelhante a “para que” e também requer o uso do subjuntivo. É uma expressão mais formal e é frequentemente encontrada em textos escritos ou discursos formais.
Exemplo:
– A empresa implementou novas políticas a fim de que todos os funcionários se sentissem valorizados.
– Ele comprou um presente a fim de que ela se sentisse especial.
Assim como em “para que”, o verbo na oração subordinada após “a fim de que” está no subjuntivo (se sentissem).
Outras conjunções de propósito
Além das conjunções mencionadas, existem outras expressões que podem ser usadas para indicar propósito, embora sejam menos comuns. Vamos explorar algumas delas.
Conjunção “de modo que”
“De modo que” é uma conjunção que pode expressar tanto consequência quanto propósito, dependendo do contexto.
Exemplo:
– Ele falou devagar de modo que todos entendessem.
– Treinamos todos os dias de modo que possamos melhorar.
Aqui, “de modo que” é usado para indicar a finalidade da ação de falar devagar ou treinar.
Conjunção “com o intuito de”
“Com o intuito de” é uma expressão formal usada para indicar propósito. É comum em textos acadêmicos e em situações formais.
Exemplo:
– A pesquisa foi conduzida com o intuito de descobrir novas soluções para o problema.
– Ele escreveu o livro com o intuito de inspirar outras pessoas.
Esta expressão ajuda a esclarecer a intenção por trás de uma ação específica.
Conjunção “com o propósito de”
“Com o propósito de” é semelhante a “com o intuito de” e também é usado em contextos formais para indicar a finalidade de uma ação.
Exemplo:
– A empresa lançou a campanha com o propósito de aumentar a conscientização sobre a sustentabilidade.
– Ele decidiu mudar de carreira com o propósito de encontrar mais satisfação pessoal.
Assim como “com o intuito de”, esta expressão é útil para explicar o objetivo de ações em contextos formais.
Diferenças entre “para” e “para que”
Uma dúvida comum entre os alunos de português é quando usar “para” e quando usar “para que”. A principal diferença está no uso do modo verbal.
– “Para” é seguido pelo infinitivo do verbo:
Exemplo: Ela foi à loja para comprar pão.
– “Para que” é seguido pelo subjuntivo:
Exemplo: Ela foi à loja para que pudesse comprar pão antes de fechar.
A escolha entre “para” e “para que” depende da estrutura da frase e da necessidade de usar o subjuntivo para expressar uma ação que está subordinada a outra.
Prática e exemplos adicionais
Para consolidar o conhecimento sobre conjunções de propósito, vamos ver mais alguns exemplos práticos e exercícios.
Exemplo 1:
– Ele estudou engenharia para trabalhar na área de construção.
– Ele estudou engenharia a fim de trabalhar na área de construção.
Exemplo 2:
– Eu fechei a janela para que o vento não entrasse.
– Eu fechei a janela a fim de que o vento não entrasse.
Exemplo 3:
– Ela escreveu um artigo com o intuito de compartilhar suas descobertas.
– Ela escreveu um artigo com o propósito de compartilhar suas descobertas.
Exercício prático
Complete as frases com a conjunção de propósito adequada:
1. Ele acordou cedo ____________ ter tempo para fazer exercício.
2. Ela trouxe um presente ____________ o aniversário do amigo fosse especial.
3. Estamos a fazer uma campanha ____________ conscientizar as pessoas sobre a reciclagem.
4. Ele estudou muito ____________ passasse no exame.
5. Eles viajaram ____________ conhecer novas culturas.
Respostas:
1. para
2. a fim de que
3. com o intuito de
4. para que
5. para
Conclusão
As conjunções de propósito são ferramentas essenciais para expressar a finalidade das ações em português. Saber quando e como usar “para”, “a fim de”, “para que”, “a fim de que” e outras expressões semelhantes permite construir frases mais claras e precisas. A prática constante e a atenção ao contexto são fundamentais para dominar o uso dessas conjunções. Continuem a praticar e a aplicar esses conhecimentos em diferentes situações para aprimorar a fluência e a precisão na língua portuguesa.




