Expressões comparativas com “do que” Exercícios em língua portuguesa

Aprender uma nova língua pode ser um desafio, especialmente quando se trata de compreender e usar corretamente as várias estruturas gramaticais. Uma das áreas que frequentemente gera dúvidas entre os aprendizes de português é o uso das expressões comparativas com “do que”. Este artigo visa esclarecer como e quando usar estas expressões, de forma a ajudar os estudantes a sentirem-se mais confiantes na sua comunicação em português.

O que são expressões comparativas?

As expressões comparativas são usadas para comparar duas entidades ou situações, destacando as suas semelhanças ou diferenças. Em português, as comparações podem ser feitas de várias maneiras, mas uma das formas mais comuns é através do uso da expressão “do que”. Esta expressão é usada para introduzir a segunda parte da comparação, geralmente após um adjetivo, advérbio ou verbo.

Comparações de superioridade

As comparações de superioridade são usadas para indicar que uma coisa ou pessoa tem uma qualidade em maior grau do que outra. Em português, estas comparações são frequentemente formadas com a estrutura “mais … do que”. Por exemplo:

– “A Maria é mais alta do que a Joana.”
– “Este livro é mais interessante do que aquele.”

Nestes exemplos, “mais … do que” é usado para mostrar que Maria é superior em altura em comparação com Joana, e que este livro é superior em interesse em comparação com aquele.

Comparações de inferioridade

As comparações de inferioridade são usadas para indicar que uma coisa ou pessoa tem uma qualidade em menor grau do que outra. Em português, estas comparações são frequentemente formadas com a estrutura “menos … do que”. Por exemplo:

– “O João é menos trabalhador do que o Pedro.”
– “Esta casa é menos cara do que aquela.”

Nestes exemplos, “menos … do que” é usado para mostrar que João é inferior em termos de trabalho em comparação com Pedro, e que esta casa é inferior em termos de preço em comparação com aquela.

Comparações de igualdade

As comparações de igualdade são usadas para indicar que duas coisas ou pessoas têm uma qualidade no mesmo grau. Embora a expressão “do que” não seja usada diretamente nas comparações de igualdade, é importante mencioná-las para uma compreensão completa das comparações. Em português, estas comparações são frequentemente formadas com a estrutura “tão … como” ou “tanto … como”. Por exemplo:

– “A Ana é tão inteligente como a Sofia.”
– “Ele trabalha tanto como ela.”

Nestes exemplos, “tão … como” e “tanto … como” são usados para mostrar que Ana e Sofia são igualmente inteligentes, e que ele e ela trabalham na mesma quantidade.

Usos avançados de “do que”

Além das comparações básicas, a expressão “do que” também pode ser usada em contextos mais avançados e específicos. A seguir, vamos explorar alguns desses usos.

Comparações com substantivos

Embora as comparações com substantivos sejam menos comuns, elas ainda são usadas em português. Por exemplo:

– “Ele tem mais livros do que revistas.”
– “Ela prefere menos frutas do que legumes.”

Nestes exemplos, “mais … do que” e “menos … do que” são usados para comparar a quantidade de livros e revistas, e frutas e legumes, respetivamente.

Comparações implícitas

Em alguns casos, a segunda parte da comparação pode ser implícita, ou seja, não é mencionada diretamente, mas é entendida pelo contexto. Por exemplo:

– “Ele é mais rápido do que pensava.”
– “Ela é menos paciente do que esperava.”

Nestes exemplos, a expressão “do que” é usada para comparar a realidade com a expectativa ou pensamento do falante.

Comparações com orações

A expressão “do que” também pode ser usada para introduzir orações completas nas comparações. Por exemplo:

– “É melhor ir de carro do que apanhar um autocarro.”
– “Ele prefere estudar à noite do que de manhã.”

Nestes exemplos, “do que” é usado para comparar duas ações ou situações completas.

Erros comuns e como evitá-los

Ao aprender e usar expressões comparativas com “do que”, é comum cometer alguns erros. A seguir, vamos identificar alguns desses erros e como evitá-los.

Erro na concordância

Um dos erros mais comuns é a falta de concordância entre as partes da comparação. Por exemplo:

– Incorreto: “Ele é mais alto do que ela.”
– Correto: “Ele é mais alto do que ela.”

A palavra “alto” deve concordar com “ele” em género e número.

Erro no uso de “de” antes de “do que”

Outro erro comum é o uso incorreto de “de” antes de “do que”. Em português, a preposição “de” é frequentemente usada antes de “do que” em comparações com números ou quantidades. Por exemplo:

– Incorreto: “Ele tem mais de 10 livros do que revistas.”
– Correto: “Ele tem mais de 10 livros do que revistas.”

A preposição “de” é necessária antes do número.

Erro na omissão de “do que”

Às vezes, os estudantes omitem a expressão “do que” nas comparações, o que pode causar confusão. Por exemplo:

– Incorreto: “Ela é mais inteligente eu.”
– Correto: “Ela é mais inteligente do que eu.”

A omissão de “do que” torna a frase gramaticalmente incorreta.

Prática e exemplos

A melhor forma de dominar o uso de expressões comparativas com “do que” é através da prática. A seguir, apresentamos alguns exercícios para ajudar na prática.

Exercício 1: Completar as frases

Complete as seguintes frases com a expressão “do que”:

1. O João é mais alto __________ o Pedro.
2. Esta cidade é menos poluída __________ aquela.
3. Ela estuda mais __________ ele.
4. Prefiro viajar de comboio __________ de avião.
5. Este filme é mais interessante __________ o anterior.

Exercício 2: Corrigir os erros

Identifique e corrija os erros nas seguintes frases:

1. Ele é mais rápido do que ela.
2. Ela tem mais de 5 gatos do que cães.
3. Ele é mais alto mim.
4. Prefiro ler livros do que assistir televisão.
5. Esta tarefa é menos difícil do que pensava.

Exercício 3: Criar frases

Crie cinco frases usando a expressão “do que” para fazer comparações de superioridade, inferioridade e igualdade.

Conclusão

As expressões comparativas com “do que” são uma parte essencial da gramática portuguesa e são usadas para fazer comparações de superioridade e inferioridade. Compreender e praticar o uso correto destas expressões pode melhorar significativamente a fluência e precisão na comunicação em português. Esperamos que este artigo tenha proporcionado uma compreensão clara e abrangente do tema, e que os exercícios propostos ajudem a consolidar o conhecimento adquirido. Boa sorte e continue a praticar!

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